O primeiro dia do “4th International Conference and Exhibition on Pathology” começou animado com o Dr Clay Cockerell, dermatopatologista e professor de Dermatologia Clínica da University of Texas Southwestern Medical Center, comentando a importância da correlação clínica e os maiores segredos em dermatopatologia, além das maiores armadilhas em biópsias de pele e como evitá-las.
Em seguida, o Dr Gene Herbek, presidente do CAP (College of American Pathologists), discutiu a essencial importância do patologista na terapêutica de pacientes oncológicos, a reprodutibilidade dos diagnósticos em anatomia patológica e o trabalho do CAP em garantir a maior acurácia diagnóstica destes exames ao redor do globo, através de testes de controle de qualidade externo feito por eles. De acordo com Dr Gene, somente 200 laboratórios fora dos Estados Unidos obtiveram proficiência nestes testes de controle de qualidade em 2014 – testes estes que o Fonte Medicina Diagnóstica tem obtido proficiência anualmente desde 2012.
O dia seguiu frutífero com palestras sobre Sequenciamento de Nova Geração (NGS) aplicado ao diagnóstico de câncer, dos Drs Peter Nagy (Columbia University), Bonnie Rothberg (Yale University), Rajesh Singh (University of Texas, MD Anderson Cancer Center); e sobre patologia molecular com os Drs Claudia Kappen, Richard Zhao entre outros.
O primeiro dia de conferência se encerrou com uma mensagem e um workshop: “The future of the pathology as a subset of the future of medicine”, onde os Drs Kim Solez, Korey Fung e Patricia Bacus (University of Alberta, Canadá) discutiram o grande déficit de novos nefrologistas e, mais especificamente, especializados em medicina regenerativa e terapia com células tronco nas doenças renais – e, consequentemente, o boom da nefropatologia. Foi discutido também o incentivo à formação de novos patologistas, que na Universidade de Alberta, foi traduzido com o envolvimento de alunos da graduação na nova disciplina de “Tissue engineering pathology”.
A palestra de encerramento trouxe um pouco de ficção científica para a realidade do patologista: um mundo onde robôs e máquinas farão os diagnósticos dos nossos pacientes – ainda nesta geração! – e como os patologistas deverão estar preparados para conduzir estas máquinas com ética e respeito ao paciente!